FOI UMA NOITE DIFÍCIL. MAX UIVAVA MUITO E SÓ SE ACALMOU COM A MEDICAÇÃO. TENTANDO ACALMA-LO, FALEI QUE MEU LINDO PODIA PARTIR, PARA SE LIVRAR DO SOFRIMENTO, QUE O PAPAI CUIDARIA DA MEL CRISTINA.
AFINAL A SEDAÇÃO FUNCIONOU POR VOLTA DA 1H30 DA MADRUGADA E ELE DORMIU. QUANDO ACORDEI E O VI AINDA DORMINDO, FUI REPOSICIONÁ-LO NO SOFÁ, BAIXANDO MAIS SUA CABEÇA. ELE OLHOU PARA MIM E MAL O TOQUEI O BICHIM ENTROU EM CONVULSÃO. COMO SE ESTIVESSE ESPERANDO EU ACORDAR PARA ELE PARTIR.
FIQUEI RECEOSO QUE ELE FOSSE RECOMEÇAR A UIVAR MAS ELE ESTAVA ESTÁTICO. AUSCULTEI SEU CORAÇÃO E NÃO TIRAVA OS OLHOS DA BARRIGA DELE, EM BUSCA DE ALGUM SINAL DE RESPIRAÇÃO.
LEVEI ELE PARA A CAMA E MANDEI MENSAGENS PARA MEUS IRMÃOS: PEDI PERMISSÃO AO REINALDO PARA ENTERRÁ-LO NO GARROTE. A IDEIA ERA IR DE TAXI ATÉ O RODRIGO E DE LÁ IRMOS PRO GARROTE. MAS ELE VEIO ME BUSCAR E APROVEITOU PARA LEVAR O BOTIJÃO DE GÁS. ENROLEI O MAX, JÁ RÍGIDO E COM A LÍNGUA ROXA, NUMA TOALHA E O COLOQUEI NO PORTA-MALA DO SUV DO MEU IRMÃO.
O GARROTE ESTAVA ALUGADO MAS O NOVO CASEIRO CAVARA UMA COVA NO CANTINHO ESQUERDO, AO LADO DO PORTÃO. ENROLEI MEU GAROTO NUM LENÇOL FLORIDO DA INARA E O COLOQUEI NO TÚMULO - JUNTO DOS OUTROS QUATRO CÃES DA FAMÍLIA ALI ENTERRADOS. E CHOREI...
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